domingo, 1 de agosto de 2010

Congresso e Palácio da Alvorada- Brasília - Julho de 2010










Há vezes em que, de tanto ver lugares como estes na televisão, esquecemos que eles existem de verdade. Que não são cenário, ou produto de algum efeito especial, ou de um enredo de ficção. Que são, na verdade, uma parte do teatro verídico da vida.

Percebo que existe a necessidade de que se veja estes lugares com os próprios olhos, e que se sinta o cheiro que envolve todo o ambiente, para que nos convençamos disso.

Moro numa cidade que é, por si só, um monumento. Uma cidade proposital que existe para se provar possível. Uma obra de arte, um legado, um presente às gerações futuras.

Uma vigorosa tentativa humana chamada Brasilia.

Em agosto de 2010, aproveitando as férias escolares, levei meu filho Bruno para ver o congresso por dentro. Na saída demos uma passada na frente do palácio da alvorada e um giro pelo lago sul ao por do sol. Só espero que o passeio tenha sido tão inesquecível pra ele quanto foi para mim.

As poltronas perfiladas dos deputados, perfeitamente organizados ao redor dos símbolos do estado, em nada revelam o caos humano que se enfrenta neste ambiente. O plenário é um idealismo. Ele existe em nossa mente mesmo antes de existir fisicamente, porque é uma metáfora da vida. Uma metáfora de nossa mente confusa. Os botões de votação, ocultos sob as centenas de mesas, são o filtro das contradições de nossa nação. O que vi de positivo? Acima de tudo a crença do homen em sua própria capacidade de viver em sociedade, além da súbita constatação da necessidade da beleza visual para a conquista da ordem social. Este lugar me fez pensar. Quero voltar em breve.

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